O período propicia diversas doenças que podem se manifestar de maneira semelhante e requerem atenção. População pode procurar assistência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)
Crises de rinite, sinusite, asma, gripe, viroses. O início do ano no Ceará, que coincide com a chegada da quadra chuvosa, traz junto uma onda de doenças que acometem a população. O tempo úmido propicia a proliferação de ácaros, fungos, bactérias e vírus, que acabam causando os sintomas.
Os sintomas nasais (coriza, espirros, congestão nasal), febre, dor de garganta, tosse e dor no corpo são os mais comuns do período e podem ser observados em diferentes quadros, o que reforça a necessidade da avaliação médica para o correto diagnóstico e tratamento.
Vanessa Alencar, diretora técnica da Fundação Leandro Bezerra de Menezes (FLBM), organização que administra as UPAs do Edson Queiroz, Bom Jardim e Vila Velha, orienta que, para evitar ao máximo esses quadros, é importante reforçar a lavagem das mãos, fazer uso de máscara em ambientes com maior aglomeração e repelentes, assim como o cuidado com o ambiente domiciliar principalmente camas, sofás, cortinas, tapetes e guarda-roupas, que podem acumular ácaros e mofo.
Além disso, ela ressalta a necessidade da vacinação contra gripe e covid estar em dias. Ela também detalha que a população deve procurar uma das unidades de pronto atendimento em casos de febre alta e persistente (acima de 37,8°C por mais de 2-3 dias), piora da tosse, falta de ar, sonolência ou desorientação (mais comum em idosos).
Arboviroses
As arboviroses são um grupo de doenças virais que são transmitidas principalmente por mosquitos, sendo o Aedes aegypti um dos de destaque, sendo responsável por disseminar a dengue, zika e chikungunya.
Essas enfermidades podem causar uma variedade de sintomas, desde febre leve até complicações mais sérias, como distúrbios de coagulação, que podem ser potencialmente fatais ou gerar sequelas.
Alencar detalha que os principais vetores das arboviroses são os mosquitos, em particular, os gêneros Aedes, Culex e Anopheles. Esses insetos se tornam portadores dos vírus ao picar uma pessoa infectada e, subsequentemente, passam o vírus para outras pessoas durante suas picadas.
“A infestação do Aedes aegypti é sempre mais intensa em razão de água acumulada e de altas temperaturas – fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito. Para evitar esta situação, é preciso adotar medidas permanentes para o controle do vetor a partir de ações preventivas de eliminação de focos do vetor”, alerta a diretora técnica da FLBM.